Está na cara, no jeito e no efeito do que ele faz. DIM é um rompedor da cultura do confinamento e do simulacro. Movido por um potente espírito investigativo salta do real para o imaginário como só em devaneio se pode ser tão veloz e mutante.
A vida cotidiana se transfigura em estado onírico nas suas pinturas, esculturas e brinquedos. Obras de inesperadas revelações que por si mesmo negam o mundo de imagens insubstanciais que ocupam o ambiente homogeneizado da contemporaneidade.
A subjetividade em DIM se expressa na forma de ardentes figuras da cultura popular, mas não se limita a elas. A noção de jogo (como tempo e espaço de invenção da realização essencial e não como sistema de regras determinantes de perdas ou de ganhos) está presente em seu trabalho pelo viés de entranhados valores culturais enriquecidos pela percepção individual da linguagem imagética que ferve no inconsciente criador. Peripécias expansivas que se mostram inquietas querendo alterar a face das visões e demarcações na arte de cultivar, ornamentar, lutar e saborear a vida.
Uma arte feita de jarDIM, espaDIM, quinDIM e, como espirituosamente ele mesmo denomina, brinqueDIM.